Você viu ou ouviu notícias sobre a quebra de patentes das vacinas contra o coronavírus?
Os estudantes do 9° ano e eu, desejosos por entender melhor sobre esse assunto, sob orientação dos professores Alana Turetta (Geografia) e Pedro Ewald (História), estudamos e organizamos uma simulação da OMC (Organização Mundial do Comércio, órgão responsável pela regulamentação do comércio internacional) para discutir sobre a quebra das patentes.
Nos últimos tempos, muito se fala sobre uma das mais eficazes soluções para que a pandemia acabe: a vacina. É do conhecimento de todos que, ao redor do mundo, incluindo nosso país, já está ocorrendo a vacinação em massa. No entanto, muitos não tiveram a mesma sorte e não atingiram grandes resultados em relação ao bem estar do povo. Por isso, alguns países em desenvolvimento, com destaque para Índia e África do Sul, propuseram uma licença compulsória para essas vacinas.
Basicamente, possuir uma patente sobre algo significa ter uma certa “exclusividade temporária” em relação àquilo, ou seja, outras pessoas não podem explorar a invenção sem o consentimento de quem a criou. Com a quebra da patente, países subdesenvolvidos receberiam legalmente informações sobre diversas vacinas e seriam capazes de produzi-las em seus territórios, mesmo os criadores não sendo favoráveis à ideia.
Com toda essa discussão acontecendo ao redor do mundo, a professora Alana nos envolveu em discussões atuais e muito relevantes, pois não podemos ficar à parte de tudo isso. Aprender sobre o que estamos vivendo, de forma contextualizada e compreendendo os aspectos sociais, políticos e econômicos dos países envolvidos, certamente nos provocou curiosidade e vontade de estudar mais sobre esse assunto. Nesse processo, o professor Pedro nos ajudou a compreender fatos históricos que interferiram e interferem no momento atual.
Dando sequência a uma “espécie de tradição” no colégio, nos preparamos para a simulação da Organização Mundial do Comércio: os alunos vestiram roupas formais, adequadas à situação vivida e interpretaram os papéis designados de presidentes e representantes oficiais.
Chegando o tão esperado dia da simulação, todos fizeram suas apresentações com muita seriedade. Para nós, formandos 2021, que estamos vivendo “na pele” esse momento histórico da pandemia, isso foi um marco!
Se você não fazia a menor ideia do que é quebra das patentes, agora sabe e pode conversar com outras pessoas sobre esse assunto tão polêmico e importante.
Discuta e compartilhe o que pensa sobre o assunto, pois assim, aprendemos, exercemos cidadania e fazemos diferença no mundo.
Manuela Seixas Arantes, estudante do 9° ano, formanda ECCOS 2021.